Museu de Etnografia de Ancara (Ankara Etnografya Müzesi) II: Tapeçaria
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Alguns dos tapetes expostos no Museu de Etnografia de Ancara.
A arte da tapeçaria tem uma tradição ancestral na Anatólia. Os primeiros exemplares de tapetes feitos com a técnica de atar, o elemento mais importante na tecelagem do tapete, terão sido feitos pelos Hunos, uma tribo equestre nómada ou semi-nómada da Ásia Central, que se foi deslocando para a Europa a partir do século IV. Os fragmentos de tapetes encontrados nas escavações da necrópole de Pazırık, no sopé dos montes altai, são os mais antigos exemplares de tapetes atados e datam dos séculos III-IV.
A arte da tecelagem de tapetes atados que se difundiu entre as tribos nómadas da Anatólia Central, chegou à Anatólia no século XI com os Seljúcidas. Um tapete da Mesquita Alaattin em Konya, encontra-se no Museu das Artes Turcas e Islâmicas. Dois de três exemplares da Mesquita Eşrefoğlu, em Beyşehir, encontram-se no Museu Mevlana também em Konya. O terceiro está numa colecção privada em Londres. Sete exemplares encontrados em Fustat (antiga Cairo) estão no Museu Nacional de Estocolmo e no Museu Göteborg Rhöss na Suécia.
Apesar de serem produzidos tapetes em todas as regiões da Anatólia desde o século XVI, Gördes, Kula, Milas, Uşak, Ladik, Kırşehir e Sivas tornaram-se centros de referência de produção de tapetes durante o Império Otomano. Os tapetes produzidos nestas regiões apresentam pontos em comum no que diz respeito ao uso da técnica turca de atar e de fio de lã, mas apresentam diferenças em termos de cor e motivos representados.
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