domingo, 28 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Museu Nacional da Imprensa atribuiu o 1º Prémio Europeu de Cartoon ao cartunista turco Musa Gümüş
Organizado pelo Museu, o segundo prémio foi atribuído a Alessandro Gatto, da Itália e o terceiro a Heino Partanen, da Finlândia.
Além de "EU", os restantes trabalhos premiados estão também hoje expostos no átrio do Teatro Camões, no Parque das Nações, onde no dia 18 de Dezembro, pelas 21:00 começou o espectáculo de encerramento do Ano Europeu do Diálogo Intercultural.
O júri foi presidido pelo cartunista da Paris Match George Wolinski e integrou ainda a presidente da Federação Internacional das Organizações de Cartunistas, Marlene Pohle, Helena Gelpi, representante do Alto Comissariado para Imigração e Diálogo Intercultural, Xaquin Marín, director do Museo de Humor de Fene (Espanha), o cartunista Ronaldo, e Luís Humberto Marcos, director do Museu.
O júri, devido à "elevada qualidade dos trabalhos", decidiu atribuir ainda oito Menções Honrosas a artistas de quatro países: Bélgica (1), Espanha (1), Turquia (3) e Roménia (3).
Este concurso internacional iniciou-se o ano passado, com o tema "Desigualdades, discriminação e preconceitos", e "enquadra-se na linha de trabalho que o Museu tem vindo a desenvolver no âmbito da promoção do desenho de humor", lê-se na mesma nota.
Refira-se que o Museu organiza anualmente o PortoCartoon-World Festival.
O espectáculo que decorreu contou com as participações, entre outros, de Carlos do Carmo, Manuel Rocha, Batoto Yetu, Teresa Salgueiro & Lusitânia Ensemble, Paulo de Carvalho, Vitorino, Quarteto Dzvin, Maria João e Mário Laginha, Rão Kyao e Lu Yanan, Carlos Martins Septeto, Tito Paris e Bernardo Sasseti, Kumpania Algazarra, Ciganos D´Ouro, Adriana Miki, Clã e Império Suburbano.
(Fonte: Acime)
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Filme "Terra Sonâmbula" recebeu Prémio de Melhor Argumento em Bursa
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Almoço luso-turco no Porto
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Descobrir o Cinema da Turquia na Cinemateca
de Semih Kaplanoğlu
com Nejat İşler, Saadet Işıl Aksoy, Ufuk Bayraktar
Turquia/Grécia, 2007 - 97 min
de Yavuz Turgul
com Şener Şen, Meltem Cumbul, Timuçin Esen
Turquia, 2005 - 142 min
EĞRETI GELIN Noiva Emprestada
de Atıf Yılmaz
com Nurgül Yeşilçay, Onur Ünsal, Sevket Çoruh
Turquia/Grécia, 2005 - 100 min
UZAK Longínquo
de Nuri Bilge Ceylan
com Muzaffer Özdemir, Emin Toprak, Zuhal Gencer
Turquia, 2002 - 110 min
de Serdar Akar
com Akasya, Fatih Akyol, Müjde Ar
Turquia, 2000 - 120 min
de Semih Kaplanoğlu
com Tolga Çevik, Erol Keskin, Anna Bielska
de Yusuf Kurçenli
com Türkan Soray, Kadir Inadir
Turquia, 2003 - 110 min Filme que vale sobretudo pela interpretação dos dois protagonistas. Uma história de amor revivida, em que os outrora amantes se encontram vinte anos depois.
domingo, 23 de novembro de 2008
Música portuguesa na Turquia
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Istambul exibe a primeira longa-metragem de animação portuguesa
(Fonte: Diário de Aveiro)
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Antália foi o grande palco do cinema
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Fatih Akin: o cineasta com um hífen na identidade
"Não me interessa o que sou", responde ao Ípsilon. "Reajo consoante a situação. Durante o Europeu de futebol, por exemplo, quando a Alemanha jogou contra a Turquia eu era pela Turquia. Mas quando a Alemanha jogou contra Portugal, eu fui pela Alemanha." E completa: "Quando os meus pais vieram para a Alemanha, eram considerados trabalhadores imigrantes, eram 'convidados'. As pessoas não os consideravam Alemães. Agora sim, são considerados Alemães. Há uma forma mais relaxada de os Alemães tratarem os imigrantes. Estão a fazer o melhor que podem. Na América isso não aconteceria, seríamos sempre considerados convidados."
Em trânsito
Isto serve como introdução ao tema "globalização" e à condição de Fatih Akin, realizador/argumentista que está, ele assume-o, nas seis personagens que escreveu para "Do Outro Lado": um pai, um filho, uma prostituta, uma activista política (Turcos), uma mãe, uma estudante lésbica (Alemãs), que se encontram e - com consequências cinematográficas mais relevantes - se desencontram no trânsito entre o centro da Europa e os seus confins. Ou seja, entre Bremen e Istambul. "São todas personagens baseadas na minha biografia, nas minhas experiências, nos meus desejos", diz.
Mas não se diga a Fatih Akin que são personagens à procura das "raízes". "Isto não tem a ver com Kunta Kinte, isto não é 'Raízes' [personagem e série de TV, do final dos anos 1970, baseada no romance de Alex Haley]. Eu diria que as personagens estão à procura de uma paz interior. Por causa da globalização, as pessoas hoje falam muito do desejo de regressar às suas origens. Isso pode transformar-se em algo próximo do chauvinismo - vê-se isso nos jogos de futebol. Não gosto disso. Não preciso de acontecimentos desportivos para expressar os meus sentimentos de pertença. Nasci na Alemanha e cresci com pessoas de todo o mundo. Isso foi uma dádiva. Não teria sido assim se tivesse nascido em outro lugar. Fazermos as nossas escolhas pela nacionalidade é um sinal de fraqueza. Estou na casa dos 30 anos, muitas pessoas da minha idade, amigos incluídos, lutam de forma apaixonada contra a globalização. Eu faço filmes, não me ponho aos berros contra a polícia. Não sou contra a globalização, ser contra a globalização é como ser contra as leis de Newton. Há muitos aspectos positivos na globalização."
Confere que existe algo a que podemos chamar apaziguamento ou aceitação - para além dos episódios de turbulência e morte que sacodem estas vidas - na condição caótica e contraditória das personagens que estão em trânsito em "Do Outro Lado". São figuras que transportam uma identidade que nem um hífen pode resumir: uma jovem turca, membro de um grupo radical anti-globalização, refugia-se na Alemanha onde a mãe trabalha como prostituta - ela não o sabe, pensa que a mãe trabalha numa sapataria. Nunca chega a encontrá-la, mas encontra uma rapariga alemã que se apaixona pelo seu fervor revolucionário (e a Turca apaixona-se pela paixão da Alemã) e cuja mãe é interpretada por Hannah Schygulla ("musa" de Fassbinder).
Mas entretanto, antes disso, ao mesmo tempo que isso...
A prostituta, identificada por fundamentalistas islâmicos, é obrigada a abandonar o "red light district" de Bremen onde trabalha e a aceitar a proposta de casa, mesa, roupa lavada e mais alguma coisa de um velho imigrante turco (interpretado por Tuncel Kurtiz, em tempos actor de um "clássico" da cinematografia turca, o realizador Yilmaz Güney), cujo filho é professor de Literatura Alemã - se Fatih é todas as personagens, ele é especialmente este Turco de segunda geração na Alemanha, especialista em Göethe.
O realizador enche-se de subtilezas em "Do Outro Lado", o que é uma surpresa tendo em conta o som e a fúria do anterior filme, "A Esposa Turca". Refreia-se, escolhe a lentidão, concentra-se no legado que uma personagem passa a outra - é a morte de alguém que desencadeia a(s) narrativa(s) -, interessa-lhe o trânsito mais do que os lugares. Que se equivalem, Bremen ou Istambul, sem exotismos. "Sim, para mim, os espaços têm a ver com as pessoas." Quanto à morte... digamos que em "Do Outro Lado" ela é um princípio regenerador da narrativa. "Quando chegamos aos 30 anos, começamos a pensar que a morte faz parte da vida, que é uma coisa mais determinante filosoficamente - por isso até há quem se torne religioso. É o mesmo em todas as culturas. Quis fazer um filme positivo, sobre a vida. A morte é parte da vida. É a regra. E em termos de construção do filme foi na montagem que decidi, não estava no argumento, que seriam as mortes das personagens a dar origem à narrativa que se seguia. Escolhi um ritmo lento, precisava de um certo efeito de suspense, um efeito hithcockiano", por isso estas mortes são anunciadas no ecrã em fundo negro.
Fassbinder ou não
Fatih Akim chegou ao cinema através da actividade como actor. A cinefilia não foi educada em escola de cinema, foi feita à imagem da sua identidade: sem hierarquia, porque o cinema é tão "vasto, tão 'world-wide'", porque o DVD anula as fronteiras entre passado e presente. "Não posso dizer que tenha sido fã da 'nouvelle vague' ou do neo-realismo'." Essas descobertas chegaram tarde. "Vi muitos filmes turcos e muitos filmes de Spielberg. O cinema que descobri nos anos 1980 foi o cinema 'entertainment'; o cinema de 'arte e ensaio' só o descobri aos 16 anos, Bergman, Woody Allen, Coppola." E "Rocky" e "Taxi Driver", de Scorsese, a primeira vez que percebeu havia um cineasta atrás de um filme. Recentemente, quando se preparava para "Do Outro Lado", descobriu Griffith e Bresson.
Tanto é posto ao lado de Tom Tykwer ("Corre, Lola Corre"), o seu colega alemão fascinado pelo maquinismo industrial, como há quem encontre uma genealogia "fassbinderiana" na sua leitura da sociedade alemã de hoje. Há quem parta do pressuposto, em artigos inteiros, que "A Esposa Turca" e "Do Outro Lado" fazem parte de uma trilogia com que Akin responderia, à sua maneira, a uma trilogia de Fassbinder ("O Casamento de Maria Braun", "Lola", "A Saudade de Veronika Voss"). A escolha de Shygulla para o papel de mãe em "Do Outro Lado" confirmá-lo-ia. Essa trilogia, diz-nos Akin, a "Love, Death and the Devil Trilogy", por agora até está interrompida. Provavelmente nunca se completará. O realizador anda ocupado com um documentário sobre o tratamento de lixo em Istambul. Mas para além disso, "não há um 'link' muito óbvio", assume, com Fassbinder. Gosta muito de algumas coisas dessa obra, como "O Medo Come a Alma" ou "O Casamento de Maria Braun", mas não gosta dos filmes do princípio - o que não é nada "fassbinderiano", aliás.
"Ele é muito formalista, e eu não sou nada, não vejo onde é que está a razão para as comparações. É claro que ele foi o realizador alemão mais importante de todos os tempos, depois daqueles que fugiram para Hollywood. Mas não posso dizer que seja o meu mestre."
"Do Outro Lado" de Fatih Akin em exibição em Portugal
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
A Turquia celebrou o Bayram
Ver também: O Bayram é sempre doce...
sábado, 27 de setembro de 2008
Orhan Pamuk: "A Casa do Silêncio"
"A Casa do Silêncio" (Sessiz Ev, 1983) é o primeiro romance de Orhan Pamuk traduzido no Ocidente. A sua versão portuguesa foi agora editada em Portugal pela Editorial Presença.
Filme turco venceu a Concha de Ouro em San Sebastián
O filme turco "Pandora's Box" ("Pandora'nın Kutusu"), da realizadora turca Yeşim Ustaoğlu, venceu hoje a Concha de Ouro de melhor filme no 56.º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián. A veterana actriz francesa Tsilla Chelton, ganhou a Concha de Prata para melhor actriz no mesmo filme.
Pandora's Box /Pandora'nın Kutusu (2008); Realização: Yeşim Ustaoğlu; Argumento: Yeşim Ustaoğlu, Selma Kaygusuz; Elenco: Tsilla Chelton, Derya Alabora, Onur Unsal, Övül Avkiran, Osman Sonant.