Projecto Oojami no Festival Islâmico de Mértola
A vila de Mértola, a "Martulah" dos séculos XI e XII, quando era capital de um reino islâmico, recupera as cores, sons, cheiros e sabores árabes a partir de hoje e até Domingo, durante o Festival Islâmico.
O festival bienal, que vai na quinta edição, é promovido pelo município e recupera as vivências de Mértola quando era capital de um reino islâmico e um importante porto comercial nas rotas do Mediterrâneo.
Com a iniciativa, as cores, os sons, cheiros e sabores árabes que há 1000 anos "alimentavam" o quotidiano da "Martulah" voltam a "invadir" a vila alentejana, trazendo para a actualidade a sua herança islâmica e as ligações com o Norte de África.
O tradicional "souk" (mercado) espalhado pelas ruas estreitas e íngremes do labiríntico centro histórico de Mértola volta a ser um dos principais atractivos do festival.
A música será também uma constante, com a animação permanente do "souk" pelo grupo de música tradicional de Marrocos Gnawa Al-Baraka e pelos sons luso-árabes de Eduardo Ramos.
A "banda sonora" das noites oferece uma mistura de sons de raiz árabe-andaluz, com os concertos de Dalloua (Egipto), Trifony (Marrocos e Espanha) e Umeya - Sabores de Al-Andaluz (Síria, Sudão e Espanha) quinta-feira, no castelo de Mértola.
Os concertos da Orquestra Feminina de Tetouan (Marrocos) e dos Les Boukakes (França, Argélia, Marrocos e Itália) são as ofertas da noite de sexta-feira, no Cais do Guadiana.
Este cais volta a ser o palco dos concertos de Sábado à noite dos projectos Basidou (Marrocos e Espanha) e Oojami (Turquia e Inglaterra).
Debates, gastronomia, artesanato, exposições de fotografia e ourivesaria, sessões de contos, uma feira do livro, oficinas de dança oriental, teatro, passeios pelo rio Guadiana e lançamentos de livros são outras das ofertas do festival.
No domingo à tarde, o Largo Vasco da Gama será palco do espectáculo de encerramento do quinto Festival Islâmico, numa mistura de música árabe e canto alentejano, através das actuações dos grupos corais "Guadiana" e "Os Caldeireiros", dos Gnawa Al-Baraka e modas de baile com o Grupo Coral Feminino e Etnográfico "As Papoilas".
1 comentário:
Mértola é uma vila fantástica. Já lá fui por motivos profissionais, já tive um muito aparatoso acidente quase a chegar a Mértola (apenas com danos no carro mas dá para pensar que, se não tenho sete vidas, duas já tive, pelo menos) e já estive em Mértola com a minha esposa e 3 filhos, no Verão passado. Como vê, temos uma relação de longa data, Mértola e eu. Gosto sempre do ambiente que se respira naquele canto.
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