terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Escritor português Samuel F. Pimenta vai participar na primeira edição do “Festival International de Jovens Poetas”

O escritor português Samuel F. Pimenta vai participar na primeira edição do “International Young Poets Meeting”, que decorre entre os dias 15 e 18 de Dezembro de 2016, no Centro de Arte de Zeytinburnu, um dos bairros mais emblemáticos de Istambul. O encontro reúne 40 poetas de todo o mundo, com idades até aos 30 anos. Samuel F. Pimenta é o único autor lusófono presente.

“À medida que aumenta a tensão no mundo com conflitos ideológicos, políticos, culturais e etno-nacionais, encaramos a Literatura como uma presença restauradora e um poderoso meio para transmitir valores e experiências mais relevantes”, informa a organização do festival.

O encontro é apoiado pelo Ministério da Cultura e Turismo da Turquia e pelo Município de Zeytinburnu e é organizado em parceria pelo International Istanbul Poetry Festival e pelo International Uskudar Poetry Festival. Nos quatro dias em que decorre o festival, haverá sessões de leitura, visitas a escolas e painéis de conversação entre os autores. No dia 17 de Dezembro, pelas 13:00, Samuel F. Pimenta participa numa mesa redonda sob o tema “Poesia, Palavras e Quotidiano”, com Anna Gual (Espanha), Ana Golejshka (Macedónia), Sonnet Mondal (Índia), Ceylan Öztürk (Turquia) e Esma Güneş (Turquia), com moderação do escritor turco Cengizhan Konuş.

“Um encontro desta dimensão representa não só a possibilidade de chegar a um maior número de leitores, mas também a oportunidade de conhecer poetas de todo o mundo e de ouvir o que têm a dizer sobre o acto de escrever, sobre a poesia. Se há coisa de que gosto nos festivais literários é poder ouvir os outros participantes, fico sempre com a sensação de que se sai maior, com outra visão sobre as coisas”, diz Samuel F. Pimenta.

(Fonte: Baía da Lusofonia)

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

sábado, 29 de outubro de 2016

Artesão de Viana do Castelo representa Portugal em Istambul


Um artesão de Viana do Castelo representou Portugal na XII edição do “International Traditional Meeting of Artists – CIOFF, em Pendik, na Turquia, com os tradicionais cabeçudos, figuras centrais da Romaria da Agonia. 

José Aníbal Cruz representou Portugal no evento internacional que decorreu entre 28 de setembro e 2 de outubro e onde marcaram presença 51 artesãos de 24 países. 

O artesão de Viana do Castelo ofereceu à organização da feira internacional um dos cabeçudos confecionado com a colaboração dos visitantes da feira, e que foi assinado pelos artesãos participantes no evento. 

O artesão da “Viana Cabeçudos – Arte da Festa” afirmou tratar-se de um cabeçudo” construído pelo mundo”. 

Flávio Cruz, Vice-presidente da Direção do Grupo Etnográfico de Areosa, acompanhou o artesão à Turquia sendo responsável pelas  imagens do sucesso da representação portuguesa naquele certame. 

(Fonte: Rádio Alto Minho)

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Istambul: Workshop "Sonho de uma Noite de Verão" por Pedro Penim


“A Summer Night Workshop” será realizado no Centro de Artes Performativas Kumbaracı50 entre 15 e 16 e 17 de junho, entre as 19h30 e 22h30. 

Prazo para inscrição no workshop: 10 de junho. O idioma é o inglês, mas haverá tradução consecutiva para o turco.  

Kumbarıcı50: Tomtom, Kumbaracı Ykş. No:50, 34433 Beyoğlu/İstanbul

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Elif Shafak tem Portugal no coração

Alguns dos dois milhões de seguidores no Facebook da escritora turca Elif Shafak são leitores portugueses, que em apenas um ano teve traduzidos em Portugal dois romances: "A Bastarda de Istambul" e "A Cidade nos Confins do Céu". Não será por acaso que Shafak considera que "as pessoas, a cultura, as artes e a literatura de ambos os países estão no meu coração", pois além do sucesso literário em Portugal ela conhece bem o país por ter passado cá algumas temporadas em criança. Não consegue deixar de referir que "tanto as palavras como a imaginação dos dois povos se interligam" e que, confessa, "gostaria de voltar a Lisboa logo que possível".

Entretanto, Elif Shafak divide-se entre Londres e Istambul: "Sou uma nómada que vive entre as duas cidades e culturas e que acredita ser possível sermos cidadãos mundiais. Não consigo deixar de ser uma cidadã de Istambul e de Londres ao mesmo tempo. Por vezes, sonho nas duas línguas, mesmo que escreva em inglês porque me ajuda a ter uma perspetiva mais clara da Turquia, livre de inibições culturais. Assim, sinto-me mais livre."

Pergunta-se à escritora se a atualidade turca, de atentados e terrorismo, a irão inspirar alguma vez num romance, ao que responde: "Estou a terminar um romance que é bastante diferente de "A Cidade nos Confins do Céu", pois trata de um tema contemporâneo e é um espelho da sociedade turca atual. Até responde a uma questão que será de âmbito mundial, porque é a história de uma jovem que busca respostas para esta época de fanatismo em torno de Deus."

Aproveita-se o rumo das respostas para comparar o palácio do sultão deste romance com os ideais imperialistas do atual primeiro-ministro, Erdogan: "É verdade que pode haver comparações, mesmo que na realidade não vivamos mais em tempos imperiais. A Turquia tem estado a deslizar para o passado e a fugir de uma democracia pluralista e liberal. Estou preocupada com a minha pátria e que possamos perder a nossa democracia. Só para compararmos, a arquitetura do império Otomano era mais avançada do que a atual. Essa situação não deixa de ser irónica".

Segue a receita de "A Bastarda de Istambul": uma boa história por uma boa contadora. É verdade?

Obrigada...Tenho um passado multidisciplinar: relações internacionais, história cultural, estudos sobre as mulheres e filosofia política. Estou interessada em histórias e os seus silêncios, portanto cada romance é uma nova jornada. Até porque os livros fazemos mudar também o escritor, não é apenas aos leitores que causam esse efeito! Quando acabo um romance já não sou a mesma pessoa.

Prefere escrever no passado, neste caso no império Otomano, ou no presente?

Eu gosto do entendimento circular do tempo Sufi, onde tudo está interligado, seja passado ou presente. Por isso, podemos escrever sobre o passado mas, de facto, é sobre o presente que falamos. Ou quando escrevemos sobre a atualidade e reproduzimos o passado e as memórias de outro tempo. Eu quero dar voz ao silêncio da História, tanto que nos meus livros os sem voz são sempre ouvidos. Principalmente os das minorias: sexual, étnica ou cultural.

O protagonista é um jovem. É fácil pensar e escrever como homem?

Desde que consiga interiorizar o personagem tanto me faz o seu género. Essa é a beleza da ficção, sempre aberta a múltiplas possibilidades e a podermo-nos transcender. Enquanto escrevo, gosto de ir além da identidade com que nasci e evitar as políticas identitárias. Posso tornar-me alguém de outra religião, sexo, classe social ou nacionalidade. Sou livre! Cada vez que chego ao fim de um dia de escrita, eu acredito que o escritor precisa de ser bissexual para conter ambas as vozes masculina e feminina.

O jovem protagonista tem a cumplicidade das mulheres do palácio. Porque prefere contar a história através do olhar feminino?

Ao longo dos tempos, as mulheres sempre foram as melhores contadoras de histórias; transferindo-as - e a muitos segredos também - das bisavós para as avós e gerações seguintes, tanto no Oriente como no Ocidente. Eu tenho um grande respeito pela história oral porque cresci com a minha avó e lamento que muitas destes relatos se tenham perdido ou ficado por registar. Sempre os ouvi com sofreguidão e considero que uma parte de mim deseja que essa tradição se mantenha a todo o custo. Até porque na Turquia há um fosso entre a cultura escrita e a oral muito profundo. Venho de uma sociedade de matriz patriarcal, pois a Turquia é uma sociedade dominada pelos homens, muito sexista e homofóbica. Daí que pretenda dar nos meus livros uma voz potente às mulheres e às minorias sexuais.

O romance "40 regras do Amor" foi um grande sucesso na Turquia apesar dessa sociedade machista"!

A Turquia está a atravessar uma grande fase de mudanças e há bastante tensão numa sociedade assim. Está bastante dividida e polarizada, o que provoca na população uma sensação de claustrofia, de ficar fechada, até diria com um pendor isolacionista. Além de criar um grande sentimento nacionalista, de religiosidade e de estabelecimento de dogmas. Num ambiente destes, um romance sobre o amor gerou muita curiosidade.

A religião está sempre presente. É impossível fugir-lhe no islão?

Além da história, é a religião que está sempre presente. Faço sempre uma distinção entre a religiosidade e a espiritualidade. Nesta última, estou interessada, tal como no misticismo. Isso não quer dizer que seja religiosa, pois não sou mesmo uma pessoa religiosa. O que me interessa é a essência. Posso dizer que sou inspirada pelo misticismo islâmico, pelo misticismo cristão, pelo misticismo judaico, pelo taoismo e outros. Gosto dos heréticos e dos heterodoxos de cada religião, porque essas vozes vão sendo perdidas no decurso do tempo. Elas acreditavam que a espiritualidade era pessoal e exigia uma viagem individual. Eram vozes de paz, que deveriam falar mais alto.

Este romance, agora traduzido para português, é considerado o seu mais ambicioso. Concorda?

É o que a crítica refere, mas como sou uma contadora de histórias sinto-me ligada a todos eles. O meu favorito é sempre aquele que me falta escrever.

Que pesquisa teve de fazer para escrever no passado de há séculos?

Este foi dos livros que mais investigação exigiu. Tive de ler muito sobre a arquitetura, o islão, saber como era a vida dos ciganos no império Otomano, o harém, os animais, etc. Era preciso ter atenção para todos os detalhes em causa.

Colocar um romance no império Otomano seduz os leitores turcos?

A Turquia é uma sociedade de amnésia coletiva. As pessoas não estão interessadas no passado ou, quando o estão, é para hiper romantizarem essa época. Dificilmente se encontra quem queira debater este tema de forma crítica porque a memória é uma grande responsabilidade. Daí que os escritores tenham um papel muito importante nestas terras de amnésia coletiva.

Adapta os seus livros quando saem na Turquia?

Eu escrevo em inglês, por isso a tradução para o turco é feita por um tradutor especializado. Leio a tradução e reescrevo ao meu ritmo. Até pode parecer um pouco complexo este processo, mas exijo que o texto fique no meu tom.

A Istambul que descreve no romance é muito diferente da cidade e das pessoas atuais?

Há semelhanças muito estranhas, daquelas que os leitores se apercebem facilmente. Mas há também diferenças muito grandes, que não se apreendem logo. Eu retrato um arquiteto do século XVI, Sinan, que era um génio e um grande urbanista. Era mais iluminado que os profissionais desta área atuais, que fizeram de Istambul um estaleiro de construção que pouco respeitam. Se ele regressasse, ficaria horrorizado com o estado de Istambul. Provavelmente, choraria.

Este romance é também sobre a destruição e a preservação das memórias através da arquitetura?

Sim, numa sociedade que já disse ser de amnésia coletiva, a arquitetura preserva as memórias. O que cria uma responsabilidade aos arquitetos e escritores. Estamos a tratar do que foi esquecido e é preciso providenciar a continuidade numa sociedade que se altera de forma descontrolada. Por isso é que digo no romance que Istambul é uma cidade de esquecimentos fáceis.

(Fonte: DN)

quarta-feira, 23 de março de 2016

Mísia em Istambul

A fadista portuguesa Mísia vai estar em Istambul para um concerto no próximo dia 25 de março, às 20.00, na sala de espétáculos Cemal Reşit Rey.

O concerto faz parte da sua tournée mundial para apresentação do seu último trabalho, "Para Amália".

terça-feira, 1 de março de 2016

Teatro Praga leva ZULULUZU a Istambul


Foi ontem anunciada, em Istambul, a programação do 20.º Festival Internacional de Teatro, organizado pelo IKSV e dirigido por Leman F. Yılmaz. O programa inclui 32 produções (23 produções turcas e 9 produções estrangeiras).

O Teatro Praga (em co-produção com o São Luiz Teatro Municipal (Lisboa), Théâtre de la Ville (Paris), Istanbul Theatre Festival (Istambul), Teatro Municipal do Porto (Porto), Casa Fernando Pessoa (Lisboa), Short Theatre-Rome (Roma)) apresenta neste festival ZULULUZU, em estreia mundial, nos dias 19 e 20 Maio, a partir do universo de Fernando Pessoa e da sua passagem por Durban.

(Fonte: Teatro Praga)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Turquia no Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa


O Cumplicidades – Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa vai decorrer entre 4 e 19 de Março numa dezena de espaços lisboetas.

Latitudes em Movimento é o mote genérico para esta edição do Cumplicidades, que abre o seu primeiro foco de programação internacional na direcção do Mediterrâneo, com a estreia nacional de obras de coreógrafos oriundos de Marrocos, do Egipto e da Turquia. 

O turco Mihran Tomasyan apresenta Sen Balık Değilsin Ki (You’re Not a Fish After All), nos dias 15 e 16, na Rua das Gaivotas 6.

(Fonte: Público)