Novo filme de Ferzan Özpetek estreou em Portugal
A condição dos homossexuais e o problema da "saída do armário" são temas recorrentes na filmografia de Ferzan Özpetek. Temas esses que o realizador italiano de origem turca volta a abordar na sua nova longa-metragem "Uma Família Moderna" - a oitava que realiza desde a sua estreia em 1997 com "Il Bagno Turco".
O filme, que estreou na semana passada nas salas portuguesas (após uma passagem, em Maio deste ano, pela Festa do Cinema Italiano), é uma comédia dramática sobre uma família que oculta segredos atrás de uma fachada de conveniências.
"Uma Família Moderna" centra-se em Tommaso (papel interpretado por Riccardo Scarmacio), um dos três filhos de uma abastada família italiana proprietária de uma fábrica de massas que decide pôr fim à "impostura" da sua vida e revelar à mesa do jantar, perante o extenso clã, a verdade acerca da sua identidade sexual e pessoal (é homossexual e deseja ser escritor). Mas quando o seu irmão Antonio (Alessandro Preziosi), antecipando-se e roubando-lhe o momento em que se preparava para sair do armário, se declara gay perante toda a família, Tommaso é obrigado a calar o seu segredo por temer pela saúde do próprio pai (Ennio Fantastichini), que sofre um pequeno ataque cardíaco ao ouvir a inesperada e por si indesejada notícia (como aquele diz a dado passo, "se um filho gay pôs o meu pai no hospital, dois matá-lo-iam!").
Escrito pelo realizador em parceria com Ivan Cotroneo (que é um dos autores do argumento de "Eu Sou o Amor", de Luca Guadagnino), "Uma Família Moderna" encena em tom de comédia dramática com laivos de farsa o problema da "saída do armário" dos homossexuais no seio de famílias de costumes conservadores. Num estilo acessível, e fazendo um uso irónico do estereótipo, o filme de Ferzan Özpetek retrata com humor, mas também com seriedade, o absurdo de se rejeitar um filho pelo simples facto de ser homossexual.
O título português escolhido para valer pelo original "Mine Vaganti" é que parece infeliz, porque é contraditório com o que vemos na tela. Em rigor, a expressão italiana "mine vaganti" traduz a ideia de alguém que não se ajusta ao resto da sociedade e que joga pelas suas próprias regras, e que, como o filme explica, é "usado para criar desordem, para pôr as coisas em lugares onde ninguém quer que estejam, para perturbar tudo, e estragar os planos".
O filme, que estreou na semana passada nas salas portuguesas (após uma passagem, em Maio deste ano, pela Festa do Cinema Italiano), é uma comédia dramática sobre uma família que oculta segredos atrás de uma fachada de conveniências.
"Uma Família Moderna" centra-se em Tommaso (papel interpretado por Riccardo Scarmacio), um dos três filhos de uma abastada família italiana proprietária de uma fábrica de massas que decide pôr fim à "impostura" da sua vida e revelar à mesa do jantar, perante o extenso clã, a verdade acerca da sua identidade sexual e pessoal (é homossexual e deseja ser escritor). Mas quando o seu irmão Antonio (Alessandro Preziosi), antecipando-se e roubando-lhe o momento em que se preparava para sair do armário, se declara gay perante toda a família, Tommaso é obrigado a calar o seu segredo por temer pela saúde do próprio pai (Ennio Fantastichini), que sofre um pequeno ataque cardíaco ao ouvir a inesperada e por si indesejada notícia (como aquele diz a dado passo, "se um filho gay pôs o meu pai no hospital, dois matá-lo-iam!").
Escrito pelo realizador em parceria com Ivan Cotroneo (que é um dos autores do argumento de "Eu Sou o Amor", de Luca Guadagnino), "Uma Família Moderna" encena em tom de comédia dramática com laivos de farsa o problema da "saída do armário" dos homossexuais no seio de famílias de costumes conservadores. Num estilo acessível, e fazendo um uso irónico do estereótipo, o filme de Ferzan Özpetek retrata com humor, mas também com seriedade, o absurdo de se rejeitar um filho pelo simples facto de ser homossexual.
O título português escolhido para valer pelo original "Mine Vaganti" é que parece infeliz, porque é contraditório com o que vemos na tela. Em rigor, a expressão italiana "mine vaganti" traduz a ideia de alguém que não se ajusta ao resto da sociedade e que joga pelas suas próprias regras, e que, como o filme explica, é "usado para criar desordem, para pôr as coisas em lugares onde ninguém quer que estejam, para perturbar tudo, e estragar os planos".
(Fonte: DN)