segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Elif Şafak em Portugal

A escritora Elif Şafak, autora de "A bastarda de Istambul", está terça-feira em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, para uma conversa, aberta ao público, com a jornalista Clara Ferreira Alves.
 
 
O encontro, sob o mote "Escrever sobre tabus num mundo multicultural", está agendado para as 19:00, no auditório 3 da Fundação, à Palhavã.
A Fundação refere-se à autora turca como "uma das vozes mais originais da literatura contemporânea". O livro "A Bastarda de Istambul" foi publicado em Portugal no passado dia 09 de Janeiro, pela Jacarandá, chancela da Editorial Presença.
O ponto de partida da narrativa, cuja paisagem é Istambul, é uma jovem solteira de 19 anos, Asya Kazanci, que decidiu ir a um consultório médico, pois pretende interromper voluntariamente a gravidez. "O que acontece naquela tarde mudará para sempre a sua vida", escreve a editora.
A autora conta, então, a história da família Kazanci, 20 anos depois daquela decisão. A família Kazanci é uma casa apenas de mulheres, pois todos os homens morrem pelos 40 anos. Asya tem um negócio de tatuagens, outra mulher, Banu, é vidente, Feride é hipocondríaca. Os segredos da família são revelados quando uma prima arménio-americana, Armanoush, surge em visita.
Segundo a editora portuguesa, Şafak é "a autora que mais vende na Turquia, com livros publicados em mais de 40 línguas".
"Şafak mistura as tradições narrativas do Ocidente e do Oriente, dando voz às mulheres, às minorias e às subculturas", afirma a Jacarandá, chancela que começou a sua publicação em Junho no ano passado, e é dirigida por Simona Cattabiani, que, em finais de 2013, deixou a editora Civilização.
Este romance valeu à escritora uma nomeação para o Prémio Orange, na área de Ficção.
Elif Şafak nasceu em Estrasburgo, França, em 1971, é licenciada em Ciência Política e tem lecionado em várias universidades dos Estados Unidos, Reino Unido e Turquia. Tem também escrito para diversas publicações, nomeadamente The Guardian, The New York Times e The Independent.

(Fonte: RTP)

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