sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Istambul exibe a primeira longa-metragem de animação portuguesa


A primeira longa-metragem de animação portuguesa, “Até ao Tecto do Mundo”, chegou a Istambul, depois de ter passado por Hollywood.
A película de animação realizada por Carlos Silva, Costa Valente e Vítor Lopes, produzida pelo Cine Clube de Avanca, foi exibida no “12th Hollywood Film Festival”, no passado dia 26, às 14 horas, no complexo de cinemas Arc Light do Sunset Boulevard, no centro de Hollywood.
A longa-metragem tem viajado pelo mundo como participante em diversos festivais de cinema e tem recebido alguns prémios, nomeadamente no Canadá e Estados Unidos da América.
De 28 deste mês a 13 de Novembro, o filme integra a selecção oficial da sexta edição do “Festival Internacional de Cinema para a Infância de Istambul” (Turquia), para o qual a organização realizou a dobragem da história para a língua turca. Estão agendadas 15 exibições da película durante o certame.
A próxima paragem de “Até ao Tecto do Mundo” será na Horta, nos Açores, no Festival de Cinema do Faial.
Trata-se do primeiro filme produzido a nível mundial com uma nova tecnologia de animação vectorial 2D, desenvolvida no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. A longa-metragem narra a história de um reino onde tudo é proibido. O seu rei constrói uma infindável torre com base na floresta vizinha, fornecedora de todos os materiais, a qual vai sendo destruída. “João” é jovem protagonista do filme que, atento à destruição da floresta, tenta salvá-la, mas apaixona-se pela princesa.

(Fonte: Diário de Aveiro)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Antália foi o grande palco do cinema


O 45.º Festival de Cinema Laranja de Ouro (Altın Portakal Film Festivali ), que celebra o cinema turco, e o 4.º Festival de Cinema da Eurasia (Uluslararası Avrasya Film Festivali Filmeleri), que constitui a abertura do Altın Portakal aos filmes da Europa e da Ásia, decorreram em Antália entre 10 e 19 de Outubro.
O evento reuniu um leque considerável de nomes famosos, tais como Adrien Brody, Bo Derek, Joan Chen, Mickey Rourke, Kevin Spacey, Maximilian Schell, Danny Glover e Michael York.
Brody assistiu ao filme que encerrou o evento: “The Brothers Bloom”, onde é um dos actores principais, juntamente com Maximilian Schell. Kevin Spacey também compareceu e falou bastante sobre cinema durante uma conferência de imprensa. Mickey Rourke assistiu ao filme “The Wrestler” realizado por Darren Aronofsky e no qual é protagonista. Danny Glover também marcou presença para assistir à estreia na Turquia de "Blindness", de Fernando Meirelles.
Aconteceram paralelamente workshops de escrita de argumentos, que tiveram este ano como convidado de honra o argumentista francês Olivier Lorelle.

Os prémios do 45.º Festival de Cinema Laranja de Ouro (Altın Portakal) foram os seguintes:
Prémio Honorário: Yılmaz Atadeniz
Prémio de Sucesso no Cinema: Hülya Avşar
Prémio Memorial Yıldıram Önal: Müşfik Kenter
Prémio Trabalho: Aydın Mesut Yurteri
Melhor Filme: "Pazar - Bir Ticaret Masalı" (The Market – A Tale of Trade) - Realizador: Ben Hopkins
Prémio Especial do Júri Dr. Avni Tolunay Yurtiçi Kargo: "Nokta" (Dot) – Realizador: Derviş Zaim
Prémio Revelação Digiturk Behlül Dal: Aydın Bulut – "Başka Semtin Çocukları" (Children of the Other Side)
Melhor Realizador: Derviş Zaim – "Nokta" (Dot)
Melhor Argumento: Ben Hopkins – "Pazar - Bir Ticaret Masalı" (The Market – A Tale of Trade)
Melhor Música: Mazlum Çimen – "Nokta" (Dot)
Melhor Actor: Tayanç Ayaydın – "Pazar - Bir Ticaret Masalı" (The Market – A Tale of Trade)
Melhor Actriz: Nurgül Yeşilçay – "Vicdan" (Conscience)
Melhor Actor Secundário: Volga Tekinoğlu – "My Marlon and Brando" & "Başka Semtin Çocukları" (Children of the Other Side)
Melhor Actriz Secundária: Övül Avkıran – "Pandora'nın Kutusu" (Pandora's Box)
Melhor Cenário e Prémio Kodak - Zekeriya Kurtuluş – "Vicdan" (Conscience)
Melhor Director Artístico: Türker İşçi – "Başka Semtin Çocukları" (Children of the Other Side)
Melhor Edição: Mustafa Preşeva – "Vicdan" (Conscience)
Melhor Efeito Sonoro: Kostasvi Variopiotis – "Nokta" (Dot)
Melhores Efeitos Especiais: Burak Balkan – "Üç Maymun" (Three Monkeys)
Melhor Fotografia: "Gökten 3 Elma Düştü" (3 Apples Fell from the Sky) & "Vicdan" (Conscience)
Melhor Guarda-roupa: Zeynep Sırlıkaya – "Pazar - Bir Ticaret Masalı" (The Market – A Tale of Trade)
Melhor Maquilhagem e Cabelos: Vesey Üsten – "Vicdan" (Conscience)
Prémio SİYAD: "Hayat Var" (My Only Sunshine) – Realizador: Reha Erdem
Melhor Documentário: "Adakale Sözlerim Çoktur" (Adakale Stories) – Realizador: İsmail Arasan
Prémio Especial do Júri para Documentário: "Nefes" (Breath) – Realizador: Cüneyt Birol
Melhor Curta-metragem: "Gemeinschaft" – Realizador: Özlem Akın
Prémios de Cultura e Arte do Ministério da Cultura e Turismo da República da Turquia: Muhterem Nur, Eşref Kolçak, Yücel Çakmaklı

Prémio (Fundo) para o Desenvolvimento do Argumento:
"A Handful of Fate" – Ali Vatansever

Os prémios do 4º Festival de Cinema da Eurasia foram os seguintes:
Prémios honorários: Kevin Spacey, Paul Verhoeven, Maximilian Schell, Zbigniew Preisner e Michael York
Prémios Contribuição para o Cinema e Arte: Mickey Rourke, Marisa Tomei, Adrien Brody, Matthew Modine e Michael J Werner
Melhor Filme: "Khamsa" – Realizador: Karim Dridi
Melhor Realizador: "Aruitemo Aruitemo" (Still Walking) – Realizador: Hirokazu Koreeda
Prémio SİYAD: "Üç Maymun" (Three Monkeys) – Realizador: Nuri Bilge Ceylan
Prémio NETPAC: "Sonbahar" (Autumn) – Realizador: Özcan Alper
Prémio da Crítica: "Nokta" (Dot) – Realizador: Derviş Zaim

Fonte: Notícias da Turquia

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Fatih Akin: o cineasta com um hífen na identidade


Para além da cara de estrela rock com intensidade de melodrama, Fatih Akin transporta na sua bagagem um hífen, o sinal que também se utiliza quando se quer grafar, em algumas línguas, uma identidade fluida, que está por aprisionar. "German-turkish" para uns, "turkish-german" para outros - depende de onde se olha -, nasceu em Hamburgo, Alemanha, há 35 anos, filho de pais turcos. Fatih já ironizou: a partir do momento em que recebeu um Urso de Ouro no Festival de Berlim, em 2004, pelo tonitruante "A Esposa Turca", filme com o qual passou a ser considerado ícone de um renascimento do cinema alemão (comparações a Rainer Werner Fassbinder e tudo...), os alemães reclamaram-no - é Alemão de origem turca -, mas os Turcos também - é um Turco que emigrou para a Alemanha, dá jeito, para solidificar a imagem internacional da cinematografia turca, pô-lo ao lado de nomes como o de Nuri Bilge Ceylan, realizador de "Climas".

Fatih revê-se na ambivalência, usa-a com proveito. Definitivamente: como chamá-lo?
"Não me interessa o que sou", responde ao Ípsilon. "Reajo consoante a situação. Durante o Europeu de futebol, por exemplo, quando a Alemanha jogou contra a Turquia eu era pela Turquia. Mas quando a Alemanha jogou contra Portugal, eu fui pela Alemanha." E completa: "Quando os meus pais vieram para a Alemanha, eram considerados trabalhadores imigrantes, eram 'convidados'. As pessoas não os consideravam Alemães. Agora sim, são considerados Alemães. Há uma forma mais relaxada de os Alemães tratarem os imigrantes. Estão a fazer o melhor que podem. Na América isso não aconteceria, seríamos sempre considerados convidados."

Em trânsito

Isto serve como introdução ao tema "globalização" e à condição de Fatih Akin, realizador/argumentista que está, ele assume-o, nas seis personagens que escreveu para "Do Outro Lado": um pai, um filho, uma prostituta, uma activista política (Turcos), uma mãe, uma estudante lésbica (Alemãs), que se encontram e - com consequências cinematográficas mais relevantes - se desencontram no trânsito entre o centro da Europa e os seus confins. Ou seja, entre Bremen e Istambul. "São todas personagens baseadas na minha biografia, nas minhas experiências, nos meus desejos", diz.

Mas não se diga a Fatih Akin que são personagens à procura das "raízes". "Isto não tem a ver com Kunta Kinte, isto não é 'Raízes' [personagem e série de TV, do final dos anos 1970, baseada no romance de Alex Haley]. Eu diria que as personagens estão à procura de uma paz interior. Por causa da globalização, as pessoas hoje falam muito do desejo de regressar às suas origens. Isso pode transformar-se em algo próximo do chauvinismo - vê-se isso nos jogos de futebol. Não gosto disso. Não preciso de acontecimentos desportivos para expressar os meus sentimentos de pertença. Nasci na Alemanha e cresci com pessoas de todo o mundo. Isso foi uma dádiva. Não teria sido assim se tivesse nascido em outro lugar. Fazermos as nossas escolhas pela nacionalidade é um sinal de fraqueza. Estou na casa dos 30 anos, muitas pessoas da minha idade, amigos incluídos, lutam de forma apaixonada contra a globalização. Eu faço filmes, não me ponho aos berros contra a polícia. Não sou contra a globalização, ser contra a globalização é como ser contra as leis de Newton. Há muitos aspectos positivos na globalização."

Confere que existe algo a que podemos chamar apaziguamento ou aceitação - para além dos episódios de turbulência e morte que sacodem estas vidas - na condição caótica e contraditória das personagens que estão em trânsito em "Do Outro Lado". São figuras que transportam uma identidade que nem um hífen pode resumir: uma jovem turca, membro de um grupo radical anti-globalização, refugia-se na Alemanha onde a mãe trabalha como prostituta - ela não o sabe, pensa que a mãe trabalha numa sapataria. Nunca chega a encontrá-la, mas encontra uma rapariga alemã que se apaixona pelo seu fervor revolucionário (e a Turca apaixona-se pela paixão da Alemã) e cuja mãe é interpretada por Hannah Schygulla ("musa" de Fassbinder).

Mas entretanto, antes disso, ao mesmo tempo que isso...

A prostituta, identificada por fundamentalistas islâmicos, é obrigada a abandonar o "red light district" de Bremen onde trabalha e a aceitar a proposta de casa, mesa, roupa lavada e mais alguma coisa de um velho imigrante turco (interpretado por Tuncel Kurtiz, em tempos actor de um "clássico" da cinematografia turca, o realizador Yilmaz Güney), cujo filho é professor de Literatura Alemã - se Fatih é todas as personagens, ele é especialmente este Turco de segunda geração na Alemanha, especialista em Göethe.

O realizador enche-se de subtilezas em "Do Outro Lado", o que é uma surpresa tendo em conta o som e a fúria do anterior filme, "A Esposa Turca". Refreia-se, escolhe a lentidão, concentra-se no legado que uma personagem passa a outra - é a morte de alguém que desencadeia a(s) narrativa(s) -, interessa-lhe o trânsito mais do que os lugares. Que se equivalem, Bremen ou Istambul, sem exotismos. "Sim, para mim, os espaços têm a ver com as pessoas." Quanto à morte... digamos que em "Do Outro Lado" ela é um princípio regenerador da narrativa. "Quando chegamos aos 30 anos, começamos a pensar que a morte faz parte da vida, que é uma coisa mais determinante filosoficamente - por isso até há quem se torne religioso. É o mesmo em todas as culturas. Quis fazer um filme positivo, sobre a vida. A morte é parte da vida. É a regra. E em termos de construção do filme foi na montagem que decidi, não estava no argumento, que seriam as mortes das personagens a dar origem à narrativa que se seguia. Escolhi um ritmo lento, precisava de um certo efeito de suspense, um efeito hithcockiano", por isso estas mortes são anunciadas no ecrã em fundo negro.

Fassbinder ou não

Fatih Akim chegou ao cinema através da actividade como actor. A cinefilia não foi educada em escola de cinema, foi feita à imagem da sua identidade: sem hierarquia, porque o cinema é tão "vasto, tão 'world-wide'", porque o DVD anula as fronteiras entre passado e presente. "Não posso dizer que tenha sido fã da 'nouvelle vague' ou do neo-realismo'." Essas descobertas chegaram tarde. "Vi muitos filmes turcos e muitos filmes de Spielberg. O cinema que descobri nos anos 1980 foi o cinema 'entertainment'; o cinema de 'arte e ensaio' só o descobri aos 16 anos, Bergman, Woody Allen, Coppola." E "Rocky" e "Taxi Driver", de Scorsese, a primeira vez que percebeu havia um cineasta atrás de um filme. Recentemente, quando se preparava para "Do Outro Lado", descobriu Griffith e Bresson.

Tanto é posto ao lado de Tom Tykwer ("Corre, Lola Corre"), o seu colega alemão fascinado pelo maquinismo industrial, como há quem encontre uma genealogia "fassbinderiana" na sua leitura da sociedade alemã de hoje. Há quem parta do pressuposto, em artigos inteiros, que "A Esposa Turca" e "Do Outro Lado" fazem parte de uma trilogia com que Akin responderia, à sua maneira, a uma trilogia de Fassbinder ("O Casamento de Maria Braun", "Lola", "A Saudade de Veronika Voss"). A escolha de Shygulla para o papel de mãe em "Do Outro Lado" confirmá-lo-ia. Essa trilogia, diz-nos Akin, a "Love, Death and the Devil Trilogy", por agora até está interrompida. Provavelmente nunca se completará. O realizador anda ocupado com um documentário sobre o tratamento de lixo em Istambul. Mas para além disso, "não há um 'link' muito óbvio", assume, com Fassbinder. Gosta muito de algumas coisas dessa obra, como "O Medo Come a Alma" ou "O Casamento de Maria Braun", mas não gosta dos filmes do princípio - o que não é nada "fassbinderiano", aliás.
"Ele é muito formalista, e eu não sou nada, não vejo onde é que está a razão para as comparações. É claro que ele foi o realizador alemão mais importante de todos os tempos, depois daqueles que fugiram para Hollywood. Mas não posso dizer que seja o meu mestre."

(Fonte: Público)

"Do Outro Lado" de Fatih Akin em exibição em Portugal

Fatih Akin é um realizador que conta já com uma considerável "bolsa" de prémios. "Do Outro Lado" estreia agora em Portugal e arrecadou, entre outros, o Prémio de Melhor Argumento no Festival de Cannes de 2007. Akin nasceu na Alemanha, sendo filho de pais turcos imigrados. Talvez por isso as questões da identidade sejam tão caras à sua cinematografia, em geral. Neste filme Akin fala especificamente da Alemanha e da Turquia através de personagens que se dividem entre duas realidades culturais distintas e que se cruzam. Apesar das reticências do filho Nejat, Ali, viúvo, decide viver com Yeter, uma prostituta de origem turca. Mas Nejat, professor de Alemão, acaba por começar a afeiçoar-se a Yeter quando descobre que ela manda dinheiro para a Turquia, para ajudar a pagar os estudos universitários da filha. A morte acidental de Yeter afastará pai e filho e Nejat decide viajar para Istambul para tentar encontrar a filha dela, Ayten. Activista política, Ayten fugiu da polícia turca e já se encontra na Alemanha, onde se torna amiga de Lotte. Mas o pedido de asilo de Ayten é negado e ela é deportada e enclausurada na Turquia. Num acto irreflectido, Lotte decide partir para a Turquia para ajudar a amiga. Situações políticas (como a da Turquia na Europa), choques civilizacionais e geracionais são o pano de fundo de "Do Outro Lado" - filme que tem sido elogiado por tratar a complexidade das fronteiras culturais sem ditar certezas. De salientar é também a interpretação da reputada Hanna Schygulla, actriz conhecida, nomeadamente, pelos filmes de Fassbinder.

(Fonte: Lifecooler)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Turquia celebrou o Bayram


O Ramazan Bayramı (Festa do Ramadão) ou Şeker Bayramı (Festa do Açúcar) começou no dia 30 de Setembro e terminou no dia 2 de Outubro. No entanto, muitos Turcos tiveram oportunidade de celebrar umas mini-férias de nove dias por generosidade do Governo e mesmo de empresas privadas.
O primeiro dia do Bayram, em termos de tradição cultural é o mais importante. Principalmente as crianças devem vestir roupas novas e calçar sapatos novos. Um pai de família considera uma grande vergonha não poder comprar sapatos novos para os seus filhos no Bayram. Depois do pequeno-almoço, é tradição os homens irem à mesquita para rezar, caso sejam Muçulmanos sunitas. Os Alevitas poderão deslocar-se às suas casas de oração chamadas cemevi. No regresso a casa vão cumprimentando amigos ou vizinhos que encontram pelo caminho. Depois começam as visitas, que podem incluir uma visita ao cemitério para lembrar os amigos e familiares que já "partiram". As visitas implicam beijar a mão dos mais velhos. Também os políticos devem beijar a mão do líder do partido, e o director de uma empresa deverá beijar a mão do dono da empresa para a qual trabalha. Primeiro são visitados e cumprimentados os elementos masculinos mais velhos do lado paterno da família. Só depois do lado paterno estar terminado é que se avança para o lado materno. As crianças também aguardam cumprimentos, embora tenham de beijar as mãos dos mais velhos. Depois de o fazerem são recompensadas com beijos na face e olhos, com o desejo de que Allah lhes dê muitos anos de vida e com dinheiro. As crianças também andam ocupadas a bater às portas da vizinhança a recolherem rebuçados ou mesmo dinheiro para gastarem como entenderem.
Os restantes dois dias do Bayram destinam-se às visitas dos mais velhos às casas dos mais novos. No entanto, há quem esqueça todas estas tradições e crie outra: aproveitar para passar uns dias de férias.
Por todas estas razões, os dias que antecedem o Bayram transformam-se em verdadeiras romarias de compras de presentes, roupas e doces. As fábricas de rebuçados e de chocolates fazem o negócio do ano nesta altura. Já as viagens de autocarros são gratuitas durante os três dias do Bayram.
Enquanto tudo isto acontece, os tocadores de tambor do Ramadão tocam a todas as portas na esperança de receberem uma "recompensa" por se terem levantado e tocado tambor todos os dias às 3.30 horas da madrugada para acordarem as pessoas para o sahur (a refeição antes do nascer do sol durante o Ramadão). Muitas vezes trata-se de um grande negócio porque ninguém lhes vê a cara àquelas horas e qualquer homem com um tambor pode bater às portas que quiser a pedir dinheiro. Por esse motivo, às vezes, as fotos dos tocadores de tambor da área de residência são colocadas no átrio de entrada de cada prédio para não haverem "enganos".

Também é vulgar verem-se nas ruas os coelhos que escolhem o papelinho onde está escrito o seu "destino".


Ver também: O Bayram é sempre doce...